Sincronismo ou Acaso

A agitação do dia a dia e as exigências do trabalho ou da família têm sido a explicação para manter rotinas, hábitos e abusos.
Insiste-se em manter costumes muito deles alicerçados à educação ou cultura. Viaja-se e visitam-se outras culturas, reproduz-se muito do que se vê nessas viagens em quase todas as áreas mas muito raramente no cuidado da saúde e do bem-estar físico e mental.
Respostas como “não posso” ou “eu sou assim” são explicações usadas para recusar sugestões de mudança na alimentação, no exercício e nos hábitos saudáveis de sono.
A saúde vai sendo beliscada aqui e ali em nome de pequenos prazeres. Mais ou menos de forma passiva observa-se o aumento das doenças cardiovasculares, da obesidade, da diabetes e das doenças oncológica. Delega-se no sistema a responsabilidade de zelar pela saúde. Exige-se que a ciência corrija com um comprimido o dano causado ao organismo por erros repetidos.
Os dias sucedem-se e a reflexão sobre a forma como se escolhe viver não acontece. Na verdade, o despertar para uma mudança parece ser algo impossível.
Mas um dia um elemento novo surge na vida do mundo. As rotinas, o trabalho e as relações mudam. Um agente ameaçador obriga a implementar novos hábitos, a inovar e a recriar.
Aprende-se a reconhecer que se tinha tanto e não se tinha consciência, que havia felicidade em tantos momentos simples e não se valorizava, que os alimentos frescos são importantes na mesa mas se escolhia diariamente alimentos processados, que o exercício é fundamental para o bem-estar quando antes se inventava desculpas para não o fazer.
A noção de vulnerabilidade estendeu-se. Percebeu-se que não só a idade coloca alguém em risco mas a robustez da saúde é determinante. Compreendeu-se também que muitas vezes a saúde aparente não é real.
Pode-se observar que quem cuida da saúde de outros contínua presente e disponível mas existe uma parte desse cuidado que é da responsabilidade de cada indivíduo e esse contributo é fundamental para a sobrevivência. Chama-se a isso prevenção.
A verdade é que subitamente uma série de acontecimentos trouxe a reflexão até ao momento presente.
Sincronismo ou acaso?
Pouco importa. Importante é aproveitar a oportunidade na vida para se fazer mais no reforço da saúde e se ainda assim a doença surgir é importante estar disponível para fazer mais e melhor para a vencer.